sábado, 5 de março de 2016

Mito da caverna

   





Todos sabemos que estamos passando por uma situação ilusória perante a mídia, porque algumas pessoas se prendem a informações erradas do dia a dia. Não sei o porquê de estar escrevendo á respeito, mas acho muito bacana estarmos informados sobre tudo. Para entender melhor onde eu quero chegar, vamos descobrir o que é o tal mito da caverna.

Alegoria da caverna

    No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a 
olhar somente a parede do fundo da caverna, sem se poder ver uns aos outros 
ou a si próprios. Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por 
uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que 
representam "homens e outras coisas viventes". As pessoas caminham por detrás
da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos
que carregam.
    Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles, e veêm
apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes 
da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros,
associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas.
Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo, e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade, um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos, e ele não poderia ver bem. Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.
   
    Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, os seus olhos, agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiríam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro, e por isso não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer, matariam quem tentasse tirá-los da caverna.
    Platão não buscava as verdadeiras essências na simples Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, correria como Sócrates o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
    A partir da leitura do Mito da Caverna, é possível fazer uma reflexão extremamente proveitosa e resgatar valores de extrema importância para a Filosofia. Além disso, ajuda na formulação do senso crítico e é um ótimo exercício de interpretação de texto.

Mito da caverna moderno

Se nós ficarmos presos somente a um ponto de vista, não aprender a falar e escutar na mesma medida, se dermos atenção a apenas um meio de informação e somente uma fonte, estaremos destinados a sermos prisioneiros de nossos próprios erros e escolhas as quais poderíamos viver melhor sem as mesmas. Temos que nos expressar de nossas maneiras, fazer o que queremos fazer cm cautela, nos informar mais e mais, tem um pensamento vasto com opiniões sempre dispostas a serem ampliadas por novas e importantes informações.

Débora Viegas

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